A perda da biodiversidade, cuja face mais cruel é a extinção
de espécies, este cenário tem despertado maior atenção da sociedade sobre a
importância da conservação desta biodiversidade, tema atualmente prioritário
nas agendas políticas municipais, estaduais e nacionais como resultado da ação
humana, nas últimas quatro décadas já foram extintas mais de 450 espécies de
animais. Caso as tendências atuais não sejam revertidas, as projeções mais
recentes apontam números assustadores para as próximas décadas, com isso a
criação de um Parque municipal ou estadual, ou até mesmo uma unidade de
conservação caracterizaria a vontade de fazer algo concreto para com nosso
ponto turístico mais importante; com isso consolidaria a não extinção da fauna
e flora do Botucaraí e também não poria em risco toda à história do símbolo de
nossa Cidade; um símbolo cultural, histórico e ecológico.
A Conservação e a
Proteção da flora e da fauna, que tem como principal objetivo preservar a
biodiversidade, a paisagem excepcional e os ecossistemas presentes neste trecho
no extremo sul da Mata Atlântica, e com isso também possibilitando atividades
de recreação em contato com a natureza, turismo ecológico, cultural e
religioso; alavancaria Candelária no cenário turístico estadual.
Se Parque Municipal, UCs, ou um simples comprometimento com
Morro Botucaraí terá que ser dividido em zonas com diferentes restrições de
uso: as zonas de uso intensivo são as que têm menos restrições a atividades de
visitação; as zonas de uso extensivo e zonas primitivas têm regras específicas
de uso e capacidade máxima de visitantes estabelecida; e as zonas intangíveis,
que não permitem acesso aos visitantes e são voltadas exclusivamente para
preservação da biodiversidade. Quer dizer manter os visitantes na trilha, nas áreas
destinadas ao lazer e evitar depredações com arranque de mudas, corte de árvores...
Algumas áreas oferecem riscos aos visitantes; são pedras
escorregadias, animais peçonhentos, entre outros, tudo isso é passíveis de
acidentes para os quais os visitantes devem estar sempre atentos. Já os
visitantes ficarão responsáveis pelos seus atos e pela própria segurança e de
que venha estar conduzindo, devendo observar e respeitar os avisos, orientações
e normas apresentadas em placas.
De toda a infraestrutura
do Morro Botucaraí, duas nós julgamos de suma importância para um real e
palpável ato de realmente querer protegê-lo e usufruir conscientemente de seu
grande potencial turístico, tanto ecológico quanto religioso.
Primeiro, diante das dificuldades financeiras várias formas baratas
de fazer uma revitalização da trilha, como a reutilização de materiais como
pedras e trocos mortos servem muito bem como contentores e desviadores de água
pela trilha, juntamente com algumas costaneiras fazem com que trilha fique segura e
conserva-se a trilha por mais tempo; faz tranquilamente mais de 15 anos que ela
não é revitalizada.
Segundo, paliativamente, mas também bem feita pode se tornar
definitiva se bem feita; seria a colocação de um corrimão de espia de aço fixada
em uma base concretada no centro da trilha fazendo com que os visitantes que descem não atrapalhem os que sobem, deixando um fluxo livre e rápido nas parte
com maior risco; que vai do 305m até o 425m e o outro do 512m até o 620m; que é
a extensão total da trilha.
Pontos
Importantes:
A Secretaria de turismo
deve ter ligação direta com a Patrulha Ambiental e Órgãos públicos;
fiscalizadores e punitivos para manter a lei e a ordem no Moro, fiscalizando acampamentos
no topo, criar locais de acampamentos para Camping, churrasqueiras e trilhas
não sendo permitido andarem, acamparem em locais fora dos estipulados, enfim fiscalizações
eventuais no morro.
Na semana Santa o
ideal era não permitir qualquer tipo de comercio ao redor da Santa Fonte, ficando
o local somente para orações, encenações, locais para fazerem suas preces, e
descanso; o comercio ficará em local a definir, mais à baixo.
Ano a ano víamos acampamentos no topo, nas trilhas onde
cortam arvores nativas e fazem estruturas para barracas primitivas isso
realmente compromete toda a renovação de mata, regredindo ano a ano sua
renovação.
Conclusão do Grupo de Apoio,Ações e Ideias Ambientais:
A conservação do Morro do Botucaraí deveria tem como
objetivo a preservação dos ecossistemas naturais relevantes ao município, a
realização de pesquisas científicas, a recuperação de áreas degradadas no morro,
o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de
recreação em contato com a natureza, mas principalmente a grande relevância
cultural e religiosa que ele possui.
A fim de concretizar
e comparar a preservação, os estudos feitos na área pela fundação de Zoo Botânica,
novo estudo feitos por acadêmicos, e certamente virão muitos outros; teremos
comparativos com o passar dos anos; com isso o Morro Botucaraí terá futuro, não
terá um fim trágico, com um incêndio acabando totalmente com sua vegetação do
topo ou um grande deslizamento acabando por desfigurando sua silhueta tão
conhecida, todos vocês sabem que incêndios estão ocorrendo e deslizamentos
também já ocorreram!
O futuro do Morro
Botucaraí é agora, aquelas mesmas ideias retrógradas destinadas a garantir a
integridade do Botucaraí nunca funcionaram, cuidem agora da fauna e da flora e
recursos hídricos ali contido, tratem o Morro Isolado mais alto de Estado como
tal.
Marcelo Coimbra da silva/Grupo Gaaia Candelária.