domingo, 28 de janeiro de 2024
Fêmea de maracajá e sua prole no Morro Botucaraí
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Tatupeba forrageando
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segunda-feira, 11 de abril de 2022
Morro Botucaraí, Santo Cerro, Santo Monge, ou simplesmente um presente para Candelária, se preservado...
É considerado o morro isolado mais altos do Estado, com uma altitude de 569,63m em relação ao nível do mar.É a montanha testemunha do rebordo do Planalto Meridional Sul-Brasil,(60 milhões de anos atrás).Esta região estava abaixo do mar ... E a vegetação atual, surgiu no Holoceno a 8.000 A.P., quando a o clima ficou mais quente e úmido, dando condições para o desenvolvimento da Floresta Subtropical no sul do Brasil.
Com uma importante historia que se passou em seu entorno, e foi vivida por candelarienses daquela época, onde o:
“O monge Giovanni "João" Maria D'Agostini, era imigrante italiano e residiu em Sorocaba (São Paulo), mudando-se em seguida para o Rio Grande do Sul, onde viveu entre os anos de 1844 e 1848 nas cidades de Candelária, no morro do Botucaraí, e Santa Maria, no Campestre. Introduziu nessa região o culto a Santo Antão, que é considerado o “pai de todos os monges”, cuja festa continua até os dias atuais, comemorada em 17 de janeiro. A região do Campestre passou a ser chamada, desde então, de Campestre de Santo Antão.
Sua prisão foi decretada em 1848, pelo General Francisco José d’Andréa (Barão de Caçapava), mediante o temor de levantes e concentrações populares que começavam a ser comuns naquela região, ficando o monge proibido de voltar ao Rio Grande do Sul. Refugiou-se na Ilha do Arvoredo (SC), depois em Lapa (PR), na serra do Monge, e em Lages (SC), desaparecendo misteriosamente em seguida.
Os historiadores defendem que o monge João Maria morreu em Sorocaba, em 1870. No entanto, informações presentes em dois livros publicados recentemente apresentam o roteiro de João Maria de Agostini após deixar o Brasil em 1852: depois de viajar pela Argentina, Chile, Bolívia, Peru, México e Canadá (amalgamando vida eremítica com missão religiosa), ele percorreu o meio-oeste americano até se instalar no estado do Novo México, aonde foi assassinado em abril de 1869. Seu corpo está enterrado na cidade de Mesilla, fronteira com o México.”
Fonte:( KARSBURG, Alexandre. O Eremita das Américas: a odisseia de um peregrino italiano no século XIX. 1 edição. ed. Santa Maria: Editora da UFSM, 2014. ISBN 978.85.7391.201-2. Thomas, David G.. Giovanni Maria de Agostini, Wonder of the Century: The Astonishing World Traveler Who Was A Hermit. [S.l.]: Doc45 Publishing, 2014.)
Na historia tem varias citações sobre o Botucaraí e o Monge João Maria...
“A quantidade de pessoas e, sobretudo, a tendência de algumas permanecerem no local, foi questão crucial para mobilizar o governo da província. Poucos anos haviam se passado do término das agitações da Revolução Farroupilha (1835-1845) e as autoridades, visando preservar a ordem, não viram com bons olhos o ajuntamento de pessoas, na maioria devotos reunidos não por ação da Igreja, mas por obra de um estrangeiro com fama de homem santo. Precavido, o General Soares de Andréa não aguardou a conclusão do relatório sobre as águas santas e tomou providências para expulsar João Maria da província. A decisão, possivelmente exarada antes do retorno do monge ao Cerro do Botucaraí, foi vista por alguns observadores
como um ato proveniente do temor de que o ajuntamento de devotos no Campestre se convertesse num “foco de fanáticos perigosos.” Fonte- http://repositorio.unb.br/
O Morro do Botucaraí, segundo o
botânico e fitogeógrafo Balduino Rambo:
“Um castelo truculento de rochedos, com uma
grande variabilidade de aspecto e descrevese que visto ao norte parece um único pilar
rochoso, estreito e truncado; visto de Santa
Cruz, apresenta-se como largo tabuleiro de
regular declividade; visto do sul, transformase em estreita aresta, uniformemente inclinada sobre a planície.
Voando de avião ao redor descobre-se a sua
verdadeira forma: em sentido Leste-Oeste,
aparecem as faces compridas da aresta, fracamente inclinadas na base, verticais deste o
terço de altura em diante; em sentido SulNorte, aparece a face curta, produzindo a impressão de longa aresta; em direção NorteSul apresenta-se a parte mais alta do norte,
onde os paredões são mais elevados e íngremes” (Rambo, 1956, p. 342).
A importância cultural do Botucaraí é inegável, mas a importância ecológica da montanha é também ou mais importante, por ser a responsável de mantê-lo sem deslizamentos. Esta cobertura verde que o protege, em sua falta por causa do incêndio de 91,anos depois teve suas consequências, os deslizamentos de 2009 e 2011.
Começou aquela pequinês ideia de fazer um empreendimento (bondinho) em um local de mata de 80x 50, onde ele está de pé devido a essa mata do topo, não fosse por isso estaria caindo enormes lascas do topo.
Só a desfiguração do nosso símbolo maior, o Morro Botucaraí, para nós Candelarienses seria um escárnio em nosso coração,nossa alma, sem contar a perda da Biodiversidade do Morro isolado mais alto do Estado do RS,espécies seriam totalmente destruída em nome de um empreendimentos inviável , utópico, isso é uma afronta à todos nós filhos de Candelária, só quem nasceu aqui é que sente realmente afrontado por estes norte-americanos que querer vir destruir um símbolo da nossa cultura, também é um patrimônio arqueológico, ecológico e sentimental.
Um boa noticia é mastofauna que ainda resiste, e a avifauna que é riquíssima, falta divulgarem. Criar uma nova trilha em seu entorno é viável, isso que é importante, fazer o turista vir à cidade, observação de aves atrai muitos turistas...
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