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domingo, 9 de abril de 2017

As nascentes do Morro Botucaraí

                                      
                          As nascentes do Morro Botucaraí




Tendo em vista a vital importância da água de boa qualidade e a possibilidade de ocorrer a sua escassez aqui e em várias regiões, surgiu boatos que mexeriam na fonte do Morro Botucaraí porque por vários anos ela está impropria para o consumo; não sei se por ignorância, arrogância ou pura falta de conhecimento de secretários passados, que autorizavam a colocação de casca de arroz para a encenação da paixão de Cristo, esta casca apodrece e se infiltra em um dreno a muitos anos colocado para encher a cisterna, para daí sair na fonte que a gente conhece.



 Um agravante é que nunca teve banheiros e os turistas tem que se esconder atrás da capela para fazer o 1 e o 2; daí chove e a água da chuva com coliformes e matéria orgânica da casca apodrecida, se infiltra no dreno e na cisterna, contaminando a água pura filtrada pela mata do Botucaraí.


















                             As nascentes do Botucaraí:(círculos vermelhos).

Vou tentar ser bem objetivo, veja na foto abaixo; são 4 nascentes principais todas igualmente fortes como a Santa fonte, todas mais ou menos na mesma altura ao redor do manto do Morro Botucaraí, existem outras pequenas mais abaixo, mas as principais são as 4 nascentes.


A 1ª é a Santa fonte que juntamente com a 2ª ficam no lado sul do Botucaraí, formam o arroio que passa pela propriedade do Riqueto Furlan.

A 3ª vertente fica ao lado Leste, formando um arroio na estrada da Boa Vista.

A 4ª vertente fica do lado oeste, formando o arroio por onde a maioria dos turistas passam, na entrada pela 287 logo acima o arroio atravessa imponente a estrada de chão batido, água esta que acima da estrada é captada e abastece moradores abaixo.





Por isso é extremamente delicado mexer em vertentes que desaguam em um mesmo nível, ou qualquer outra, corre o risco de estanca-la e ela simplesmente desaguar pelas outras ou não mais.
Boa parte da água que alimenta estas nascentes se deve pela mata do Morro Botucaraí, onde a água da chuva encharca a mata, esta água escorre para o solo que é absorvida como uma grande esponja, onde é filtrada e liberada lentamente pelas vertentes, por isso que a preservação das matas são tão importante.






Em um futuro bem mais próximo do que muitos imaginam, esse problema tornou-se uma das maiores preocupações de especialistas e autoridades no assunto, a preservação das matas, principalmente as de cabeceiras, devem ser tratadas como algo de mais importante que existe em uma propriedade rural, pois são elas as responsáveis pela existência das nascentes que por sua vez, são fontes de água valorosas para a humanidade.





Uma nascente é também conhecida como olho d’água, mina d’água, fio d’água e fonte, nada mais é que o aparecimento, na superfície do terreno, de um lençol subterrâneo, dando origem a cursos d’água. As nascentes são fontes de água que surgem em determinados locais da superfície do solo e são facilmente encontradas no meio rural. Elas correspondem ao local onde se inicia um curso de água (rio, sanga, córrego), seja grande ou pequeno. As nascentes (ou mananciais) se formam quando o aquífero atinge a superfície e, consequentemente, a água armazenada no subsolo jorra (uma grande esponja) na superfície do solo.








Além disso, atualmente, a água está sendo apontada como um recurso natural de altíssimo valor econômico, estratégico e social, tendo em vista que todos os setores de atividade humana necessitam fazer uso da água para desempenhar suas funções.






As estratégias de preservação das água doce e nascentes devem englobar pontos básicos como: controle da erosão do solo por meio de estruturas físicas, barreiras vegetais de contenção, minimização de contaminação química e biológica, evitar ao máximo as perdas de água doce para a poluição, como jogar o esgoto em córregos e rios sem ser tratado sendo que cidades abaixo captam a água, filtram-na, desconta minam-na com muitos  químicos; após isso o ciclo se repete, bebemos novamente; sendo que a água a poucos KM acima era mais pura, sai fulano e entra ciclano e isso nunca muda...      “TÁ LOCO” ...