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sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Educação ambiental- impactos diretos na qualidade de vida e na própria sobrevivência da espécie humana.


Educação ambiental é um ramo da educação cujo objectivo é a disseminação do conhecimento sobre o ambiente, com a intenção de ajudar em sua preservação e utilização sustentável dos seus recursos. É uma metodologia de análise que surge a
partir do crescente interesse do homem em assuntos
como o ambiente devido às grandes catástrofes
naturais que têm assolado o mundo nas últimas
décadas.
No Brasil a Educação Ambiental assume
uma perspectiva mais abrangente, não restringindo
seu olhar à protecção e uso sustentável de recursos
naturais, mas incorporando fortemente a proposta de
construção de sociedades sustentáveis.
A educação ambiental tornou-se lei em 27 de Abril de 1999. A Lei N° 9.795 – Lei
da Educação Ambiental, em seu Art. 2° afirma: "A educação ambiental é um componente
essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada,
em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em carácter formal e não-formal.
A educação ambiental tenta despertar em todos a consciência de que
é parte do meio ambiente
homem se sentisse sempre o centro de tudo, esquecendo a importância da natureza, da qual
é parte integrante.
Nas últimas duas décadas, temos presenciado um significativo crescimento dos
movimentos ambientalistas e do interesse pela preservação ambiental. A população
mundial tem mostrado que está cada vez mais consciente de que o modelo atual de
desenvolvimento econômico, tanto em países desenvolvidos, como naquele em vias de
desenvolvimento, está intimamente associado à degradação do meio ambiente, com;Os efeitos do modelo dominante de
desenvolvimento, que visa lucro e
produção de bens de consumo, têm
resultado na concentração de poder com
desigualdades sociais sem precedentes,
além da perda acelerada das riquezas
culturais e naturais que se formaram ao
longo dos tempos. Os problemas
decorrentes desse modelo são inúmeros e o
resultado é que o ser humano parece
assolado em negatividade, muitas vezes
acusado e com sensações de impotência à
ação. A educação ambiental vem
exactamente mostrar que o ser humano é capaz de gerar mudanças significativas ao
trilhar caminhos que levam a um mundo socialmente mais justo e ecologicamente
mais sustentável.




A educação ambiental deve sempre trabalhar o lado racional e estruturado
juntamente com o sensível e de valores, a fim de propiciar oportunidades mais
significativas que possam ampliar o interesse, a auto confiança o engajamento e a
participação de indivíduos em promover benefícios sócio-ambientais. Entre
conhecimento e ação, ou, ainda mais importante, entre conhecimento e
comportamento harmónico com a natureza, existe uma grande distância que precisa ser
compreendida para que as mudanças almejadas possam ser alcançadas.
O caminho da teoria à prática também requer uma série de posturas do ser
humano, que por sua vez dependem de auto confiança, orgulho, realização e
dignidade. Meios de levar o indivíduo por essas etapas de crescimento pessoal
também fazem parte da educação ambiental.


O modelo de desenvolvimento atual, desigual, excludente e esgotante dos
recursos naturais, tem levado à produção de níveis alarmantes de poluição do solo, ar e

água, destruição da biodiversidade animal e vegetal e ao rápido esgotamento das reservas minerais e demais recursos não renováveis em praticamente todas as regiões do globo. Esses processos de degradação têm suas origens em um modelo complexo predatório de exploração e uso dos recursos disponíveis, onde conceitos como preservação,desenvolvimento sustentável,igualdade de acesso aos recursos naturais manutenção da diversidade das espécies vegetais e animais estão longe de serem realmente assumidos como princípios básicos norteadores das atividades humanas.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Pontos cruciais do Código Florestal.

Pontos cruciais do Código Florestal

Na retomada da votação do novo Código Florestal cabe destacar alguns pontos que são cruciais para a não destruição do que resta das nossas florestas e matas ciliares. Quando começamos com o GAAIA (Grupo de Apoio, Ações e Ideias Ambientais) aqui em Candelária vimos o enorme mal que causaria a aprovação do novo código. Cito como exemplo a faixa de apenas 15 metros que a lei irá obrigar a preservar. Isto é muito pouco para conter a água da chuva e poderá assorear cada vez mais arroios e rios. É preciso lembrar que mesmo com a lei anterior, que obrigava a preservação de uma área de 30 metros, já era notório o desmatamento. Portanto, não podemos retroceder por interesses políticos e puramente combinados em troca de votos.
Não estamos defendendo o meio ambiente por uma causa banal. Queremos garantir que nossas futuras gerações não passem sede e dificuldade para obter água em um futuro próximo. Tenho certeza de que a população de baixo poder aquisitivo não terá condições de comprar água potável. É preciso lembrar que esta lei vai determinar a preservação de nossos arroios, rios e morros por muitos anos, por isso qualquer trecho do texto deve ser bem interpretado e receber a devida importância.  
 mata ciliar do Rondinha em Candelária.
Nas fotos de satélite aqui da região se vê que nem sempre a mata ciliar serpenteia os arroios e rios. Então, vale reforçar: se aprovada a área de preservação de 15 metros certamente serão vistos só os rios, sem nenhuma mata. O novo Código Florestal terá que reforçar os pontos que destacam as punições – estas, por sinal, são motivos de chacota por aqui. Isto porque o nosso Rio Pardo, Botucaraizinho, Rio Pardinho e outros morros da região estão praticamente sem mata e poucos são punidos por isso. Outros pontos cruciais (e que precisam ser observados) são: o declive ou grau em que se pode plantar ou desmatar para a formação das lavouras de fumo aqui no Rio Grande do Sul e a emissão de autorizações ambientais pelos Estados e municípios que acarretam danos irreparáveis em nosso País. Digo isso porque Estados e municípios pensam em produção a qualquer preço, ou seja, deixam a preservação de lado. Conhecemos bem os órgãos municipais, as comissões e os conselhos, criados simplesmente por exigências ou por fachada. Quem quer realmente proteger o meio ambiente fica decepcionado com o conteúdo das conversas nestes órgãos. Por isso, consideramos que dar poder aos Estados e aos municípios é o mesmo que dar uma faca a uma criança.
topo de morro em Candelária.
Ademais, os desmatadores modernos do Rio Grande do Sul têm um segredo. Vão derrubando as árvores aos poucos, de forma aleatória, e chegam a levar até dois anos para concluir o desmatamento. Quando questionados a respeito, simplesmente alegam que a área estava desmatada há anos ou então que não sabiam que era proibido. Tem que haver punição para quem já desmatou. Só assim estes espertalhões darão um basta nisso. Com certeza o trabalho do Ministério Público de cada cidade é o único que defende e põe medo em qualquer desbravador fora da lei. Nós, aqui no centro destes acontecimentos, vimos deputados - alguns até conterrâneos nossos – deixando de defender uma preservação justa, dando apenas justificativas com números, e esquecendo que a produção agrícola pode e deve ser feita com consciência ecológica.
Marcelo Coimbra da Silva
Grupo de Apoio, Ações e Ideias Ambientais (Gaaia) de Candelária